3 dicas para cativar a audiência
Quando fazemos uma apresentação, existem 3 ferramentas a que devemos recorrer para conseguirmos torná-la mais atrativa e, assim, captar e manter a atenção da audiência.
A primeira e mais importante ferramenta são as bombas de atenção.
Bombas de atenção
Ao longo da nossa apresentação, temos a obrigatoriedade de ir introduzindo algo diferente no discurso. A audiência não gosta de previsibilidade. Se o público sente que é sempre “mais do mesmo”, então não tem razão para continuar conectado. As bombas de atenção são pequenos elementos que vamos utilizando no decorrer da apresentação de forma a cativar a audiência.
A principal bomba de atenção é o esquema de pergunta-resposta – isto é, estamos a falar com a audiência e, em vez de dizermos, por exemplo, “O impacto de A é X, Y e Z”, devemos fazer, previamente, uma pergunta retórica e, só depois, responder. Ao invés de dizermos “O impacto é X”, perguntamos “Como é que A impacta B?” e, de seguida, damos a resposta: “Impacta de X, Y e Z forma”. Quando recorremos a esta ferramenta, fazendo a pergunta e respondendo imediatamente a seguir, acontecem duas coisas:
– Primeiro, como de cada vez que nos põem uma questão nós procuramos a resposta, isto coloca as pessoas a pensar e fá-las ficar com atenção ao que estamos a dizer.
– Ao mesmo tempo, introduz clareza no discurso pois estamos a dar uma resposta estruturada imediatamente a seguir à pergunta que colocámos.
Outra forma eficaz de retermos a atenção da audiência é recorrendo a enfatizadores.
Enfatizadores
Há momentos no discurso, momentos-chave, em que fazemos questão de chamar a atenção da audiência. Tal como o nome indica, usar enfatizadores passa por enfatizar, destacar o que merece ser destacado.
Por exemplo, chegamos a um momento importante da apresentação e dizemos “Gostava que prestassem particular atenção a esta parte”, “Isto é particularmente importante”, “Por favor, tirem nota disto”… Quando dizemos frases como estas antes da frase-chave, e mesmo que as pessoas não tirem notas a papel e caneta, estamos a indicar-lhes que tirem notas mentais. Isto faz com que as pessoas tomem atenção e, também, com que retenham a informação.
A terceira ferramenta para o público nos prestar atenção é a interação com o mesmo.
Interação
De cada vez que interagimos com a audiência, estamos a envolvê-la. Isto faz com que a apresentação deixe de ser um monólogo e passe a ser uma conversa. O ser humano, naturalmente, está muito mais atento a uma conversa do que quando está unicamente a ouvir alguém falar. Quando envolvemos a audiência, esta passa a sentir o momento também como seu – sente que as suas deixas, a sua participação foi importante, de alguma forma, para ditar o rumo da apresentação e esta deixa de ser só do orador e torna-se também do público. Lembramo-nos mais rapidamente de coisas que vemos como sendo nossas do que de coisas exclusivamente dos outros.
Esta interação torna, ainda, a apresentação mais pessoal, criando-se uma maior ligação e empatia com a audiência. Pode ser direta, em que fazemos perguntas e há respostas, mas também pode ser não tão direta. Se não tivermos meios para uma interação direta, como por exemplo com uma audiência grande, podemos fazer uma interação de braço no ar ou através de perguntas retóricas. Este plano não é tão bom quanto o da interação direta mas é sempre melhor do que não haver interação de todo.
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